O presidente da Comissão dos Direitos Humanos e Minorias da Câmara, deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP), reafirmou nesta quarta-feira que não vai renunciar ao cargo em hipótese alguma e desafiou o colégio de líderes da Casa, que junto com o presidente, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), vai pedir a ele para deixar o cargo e por fim à crise iniciada com sua eleição.

Continua depois da publicidade

– Não renuncio de jeito nenhum. O que os líderes podem fazer com a minha vida? Eu fui eleito pelo voto popular e pelo voto do colegiado disse.

Feliciano foi na manhã desta quarta-feira à Embaixada da Indonésia entregar um pedido de clemência em favor de dois brasileiros condenados à pena de morte por tráfico de drogas naquele país. Segundo o deputado, noticiário internacional indica que os dois figuram numa lista de estrangeiros que estariam prestes a serem executados por fuzilamento.

Indagado se o momento é oportuno para fazer esse tipo de apelo, em razão da crise na Comissão e de sua fragilidade no cargo, o parlamentar mostrou-se muito irritado.

– Essa é uma pergunta estúpida. E lá existe tempo para fazer pedido de clemência? – questionou.

Continua depois da publicidade

Em seguida, dirigindo-se aos jornalistas, Feliciano prosseguiu:

– Vocês estão ultrapassando o meu limite de espaço. Estou aqui por um assunto sério e vocês estão de brincadeira.

Depois, Feliciano reafirmou que não existe crise alguma na Comissão de Direitos Humanos e que vai tocar seu trabalho com tranquilidade.

– O que está em crise são vocês, falando besteiras e coisas que não existem. Já fizemos duas sessões, e na primeira votamos toda a pauta; na segunda, só fui impedido por causa do tempo – afirmou o pastor, alheio aos protestos se movimentos sociais contra a sua permanência na presidência da comissão.