Aumentam as especulações sobre a possível renúncia do presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara, o deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP), envolto em uma maré de repercussão negativa devido a declarações contra negros, homossexuais e mulheres.

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Na sessão desta quarta-feira da CDHM, manifestantes protestaram contra a presença de Feliciano na presidência. Marco Feliciano permaneceu por apenas oito minutos presidindo a reunião. Apesar de a segurança da Casa ter barrado a entrada de alguns manifestantes, outros conseguiram burlar o bloqueio e fizeram protestos contra o deputado.

A sessão discutiria os direitos humanos dos portadores de transtorno mental. Mas, depois de muito bate boca, após a saída do pastor, a reunião foi encerrada sem qualquer debate sobre o tema. O representante do ministério da Justiça, Aldo Zainden, abandonou o debate após iniciar o seu discurso afirmando que o país vive um retrocesso em relação aos direitos humanos. Ele diz ter sido censurado pelo deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), que o ordenou a falar apenas sobre o tema da audiência.

No mesmo dia, deputados de oposição a Feliciano no debate dos direitos humanos lançaram uma frente parlamentar para rivalizar com a comissão em debates sobre o tema.

Fontes de Brasília dão como certa a renúncia de Marco Feliciano à presidência da comissão.

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