Márcio Goiano está de volta ao Figueirense. O clube anunciou na noite desta terça-feira que Goiano será o novo comandante alvinegro. Ele é um dos ídolos recentes da história do clube. Em campo, o zagueiro Goiano esteve no acesso do time em 2001 e foi o capitão do tricampeonato catarinense (2002, 2003 e 2004). Em 2010, Márcio Goiano voltou ao Figueirense como assistente técnico do treinador Renê Weber. A má campanha no Estadual fez Weber ser demitido e Goiano assumiu interinamente a equipe que reagiu e teve bons resultados. Com o apoio da torcida continuou no comando e foi o técnico do acesso.

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Começou 2011 no comando do Figueirense, mas foi demitido após perder o primeiro turno do Catarinense para o Criciúma. Agora, Goiano volta ao Furacão com a missão de tirar o time da zona de rebaixamento. O clube vive um momento delicado e está sob intervenção do Conselho Deliberativo, nas mãos do Comitê de Transição.

Por telefone, Goiano conversou com o Diário Catarinense, disse estar feliz por voltar ao Figueirense e agradeceu o apoio do torcedor. Confira a entrevista completa. ?

Diário Catarinense – O que Vanderlei Silva (vice de Futebol do Figueirense) falou com você? Como foi o acerto?

Márcio Goiano – Estou muito feliz por retornar ao Figueirense. Eles me colocaram a parte de tudo que está acontecendo dentro o clube, esse grupo de gestores que vão estar juntos com a diretoria. Agora é trabalhar e enfrentar as dificuldades que todos sabem. É ir em frente, jogo a jogo. E é claro que em função de a gente estar fazendo um contrato até maio a gente vai ter um planejamento. E sabemos de um número de jogadores. Mas amanhã estaremos ai e vamos conversar e saber o certo. Vou conversar com eles para saber o que eles desejam para depois eu poder falar direitinho o que vamos fazer no Figueirense.

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DC – Você não teme prejudicar sua história com o Figueirense ao assumir o time em um momento tão delicado no Brasileirão?

Márcio Goiano – Desde a minha passagem pelo clube sempre foi difícil. Em 2001, eu cheguei com a responsabilidade de ajudar no acesso do time, e conseguimos. Então a gente tem que encarar o momento. E eu sei da dificuldade, todos sabem. Em 2010 a dificuldade também existia. O mais importante é confiar e agradecer o torcedor, mais um vez pela manifestação positiva. Alguns jogadores dão uma tranquilidade maior. E tem que esquecer o que passou e viver o que tem para frente.

DC – Fernandes, Túlio e Wilson foram alguns do que manifestaram total apoio ao seu retorno ao Figueirense, isso é importante para começar o trabalho?

Márcio Goiano – São atletas que eu conheço bem. Profissionais que não temos o que dizer. E homens de liderança e isso é importante. E o futebol depende desse tipo de profissional. São pessoas que vivem o dia a dia e tem responsabilidade. Acho que o momento é procurar pensarmos 19 jogos e pensar em todos os dias.

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DC – O grande número de atletas tem sido questionado pelo Comitê de Transição, você também quer diminuir esse número?

Márcio Goiano – Eu particularmente ouvi e li sobre o número de atletas. Não é um número ideal, mas partir do momento que a diretoria dá esse suporte e eles também acreditam que precisa diminuir para mim é indiferente, a gente senta e conversa e vê o aproveitamento para os atletas. Com certeza vamos ter tempo hábil para ver isso.

DC – Qual a sua expectativa de trabalhar com Loco Abreu?

Márcio Goiano – Nenhuma, conheço todo tipo de jogador. Mas, quanto mais jogadores experientes, melhor. Esse momento é muito difícil. E ele sabe da realidade e pode dividir responsabilidades. Isso é melhor fazer com atletas experientes do que colocar pressão em jogadores jovens.