O período de férias coletivas para os jogadores do futebol brasileiro iniciou oficialmente nesta quarta-feira (01) e segue pelos próximos 20 dias, prorrogáveis por mais dez, tudo para tentar diminuir o impacto econômico nos clubes brasileiros. O técnico do Figueirense, Márcio Coelho, entende que esta é a melhor saída no momento e que todos precisam entrar nesta nova realidade, pois isso não envolve só o futebol, mas sim todas as atividades do mundo.

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O alvinegro do Estreito está parado desde o dia 15 de março, quando jogou pela última rodada da primeira fase do campeonato catarinense (vitória por 1 a 0 sobre o Brusque). Depois disso, a CBF suspendeu todas as competições e a Federação Catarinense seguiu na mesma linha e paralisou o estadual. Na semana passada, os presidentes dos clubes se reuniram de forma online e definiram pelas férias coletivas por 20 dias e o técnico Márcio Coelho avalia que esta foi a melhor solução. “É uma situação atípica e a gente, como sociedade, está tendo que se reorganizar e entender que isso não é uma coisa específica do nosso futebol e a gente está vendo que isso está acontecendo no mundo inteiro e não só no futebol e a gente está tendo que se adaptar a uma realidade que é muito maior e transcende o futebol. Eu confio nas autoridades, nas pessoas que estão na frente para que eles tomem as melhores decisões”, disse o treinador alvinegro.

Se após os 20 dias houver a necessidade de estender a paralisação, dentro do que foi acordado na reunião dos clubes, os dirigentes podem diminuir em até 25% os vencimentos dos profissionais e Márcio Coelho demonstra confiança no trabalho da direção do clube neste assunto. “A gente vai ter que entender e como humanidade e algumas coisas vão mudar e a gente sabe como será isso e fazer qualquer previsão do que vai acontecer até o dia 20 de abril, então eu prefiro ser mais cauteloso. Mas eu acredito na nossa diretoria e que eles vão fazer de tudo para que a gente não seja afetado em termos econômicos. Sabemos que o Figueirense vem vivenciando dificuldades nos últimos anos e agora é tentar achar soluções que fique bom para todo mundo”, destacou Márcio Coelho.

Dentro de campo, o técnico alvinegro entende que esta parada atrapalha não só o Figueirense, mas todos os clubes. “Esta parada é prejudicial para todos, não é bom interromper um trabalho, pois a gente vinha de dois meses e meio de sequência de trabalho e a gente se encontrava em um bom momento, de cinco jogos sem tomar gol, indo bem na Copa do Brasil e entrando em uma fase decisiva do estadual. Mas não é só o Figueirense que está sendo prejudicado, então é ter paciência e focar no que tem que ser feito agora”.

Nas quartas-de-final do estadual, o Figueirense terá o Juventus como adversário em confrontos de ida e volta com o primeiro jogo acontecendo em Jaraguá do Sul. Já na Copa do Brasil, é preciso fazer a partida de volta da terceira fase, no Rio de Janeiro, contra o Fluminense. Na ida, em Florianópolis, vitória do Figueirense por 1 a 0.

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Ouça a entrevista do técnico do Figueirense, Márcio Coelho