A arbitragem da Copa do Mundo tem uma preocupação que vai além da questão disciplinar nas partidas, segundo o comentarista de arbitragem do Grupo RBS, Márcio Chagas da Silva. Para o ex-árbitro, o lateral-direito colombiano Camilo Zúñiga deveria ter sido punido, ao menos, com o cartão amarelo no lance que tirou Neymar do Mundial no Brasil. O jogador sofreu uma fratura na terceira vértebra lombar.
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– A arbitragem nesta Copa parece que está mais preocupada em baixar as estatísticas de outras edições, não marcando faltas, nem punindo os jogadores infratores. O que aconteceu com o Neymar, apesar de ter sido em um lance casual, foi o reflexo de atuações ruins no nível disciplinar – opina Márcio Chagas.
O comentarista explica que a joelhada de Zúñiga é considerada uma entrada temerária. Segundo ele, outros lances desta Copa também foram pesados, porém, não tiveram a mesma gravidade. O árbitro espanhol Carlos Velasco Carballo sequer marcou falta no lance, já que o Brasil ganhou a vantagem por se lançar em um contra-ataque na sequência.
– Ele deu a vantagem na jogada, mas deveria ter voltado e advertido o jogador com o cartão. Se considerado o teor de entradas duras do jogo, poderia, sim, ter expulsado. Mas na hora não teria como julgar o que aconteceria com o jogador (Neymar) – diz Márcio Chagas, que classificou o juiz como “muito conversador”.
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Zúñiga ainda pode ser punido pela comissão de arbitragem da Fifa. Mesmo assim, o ex-árbitro afirma que o lance é completamente diferente da mordida de Luis Suárez. No caso do uruguaio, configura uma situação “totalmente fora do contexto do jogo”.
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