A fraca chuva que caiu sobre a Capital na tarde deste sábado não intimidou as milhares de pessoas que se reuniram para uma caminhada em reivindicação à legalização do consumo e do cultivo da maconha.
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A Marcha da Maconha – evento anual que é realizado em diversas cidades do mundo – ocorre em Porto Alegre desde 2006 e reúne ativistas, usuários e simpatizantes que carregaram cartazes, entoam frases de ordem e argumentaram em prol da causa. Conforme a Brigada Militar, cerca de 8 mil pessoas participaram do ato. Já segundo a organização, 5 mil manifestantes integraram a caminhada.
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Antes de iniciar a caminhada, o contingente se reuniu, por volta das 16h, no Monumento do Expedicionário do Parque da Redenção. A partir dali, os participantes partiram em uma caminhada por dentro do parque até o Monumento aos Açorianos, no bairro Cidade Baixa, onde shows deixaram o público reunido até a meia-noite.
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Como tema para a passeata deste ano, os manifestantes se posicionaram contra o encarceramento de usuários em presídios e manicômios. Conforme o sociólogo Rafael Gil, ativista do Coletivo Princípio Ativo, um dos grupos que organiza a marcha, o país vive hoje um retrocesso em relação ao tema:
– A sociedade tem que ser mais responsável por esse debate. Isolar o problema da população não resolve nada. É preciso ir contra o que o Estado quer e aprofundar o debate sobre a legalização.
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É o que defendeu também o publicitário Alexandre Thomaz, 46 anos, que participa do evento anual desde 2010. Alexandre, que passou a ser usuário da planta para amenizar os efeitos de um tratamento de quimioterapia, argumentou que é preciso colocar em pauta, principalmente, o uso medicinal da maconha:
– Tive um linfoma e, quando comecei a me tratar, a maconha me ajudou a melhorar os enjoos, a abrir meu apetite e até a dormir melhor. A ciência já mostrou que a planta contribui em vários casos médicos, temos que defender a regulamentação – concluiu.
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Ativistas falam sobre a marcha: