Campeão olímpico em 1992, Marcelo Negrão, aos 33 anos, prepara-se para migrar do vôlei de quadra para o de praia. Com parceiro escolhido, o amigo de infância Murilo, Negrão espera marcar sua estréia ainda neste semestre. As informações são do site GloboEsporte.com.
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Paulista de nascimento, Negrão não tem a areia como uma completa desconhecida. O jogador passou boa parte da infância no Recife, onde começou a praticar o esporte na praias nordestinas.
– Como no Recife não tinha basquete, que era o esporte do meu pai, ele começou a jogar vôlei na praia. Eu ficava olhando, brincando com ele. Um dia faltou um e ele me chamou para jogar na praia. Até que um técnico me viu jogar e me levou para o vôlei de quadra.
Desde a adolescência na quadra, Negrão diz ter chegado a hora de mudar para a praia. Lá, o campeão olímpico vê a possibilidade de prolongar sua carreira, que na quadra se resumiria a mais duas temporadas. O exemplo em mente é o do americano Karch Kiraly, que, aos 45 anos, segue no circuito internacional.
– Eu vi que na quadra eu conseguiria jogar só mais umas duas temporadas. Na areia tenho chance de jogar muito mais, até os 40. Minha intenção é jogar até quando minha saúde permitir.
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Saúde ele diz ter de sobra. Orgulha-se de ter voltado a jogar depois de sofrer uma lesão no joelho, em 2002, quando muitos consideravam sua carreira encerrada. Na praia, ele acredita que a exigência sobre o físico será menor.
A adaptação às areias tem sido difícil, confessa. As semelhanças com o vôlei de quadra, diz, param no nome do esporte.
– Na quadra, você dá um toque na bola e acaba. Na areia, ataca, defende, levanta, saca toda hora. Fora a adaptação ao sol, vento, usar óculos, boné. Pensava que seria difícil, mas nem tanto.