Ao começar a ver Orphan Black, a primeira estranheza é visual: uma mistura de elementos não americanos na arquitetura, na fala dos personagens, nos detalhes, tudo isto cercado de elementos americanos da gema, tais como os carros quadrados e grandes demais usados pela polícia. Não se assuste.

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O que acontece, tão simplesmente, é que você está no Canadá, a parte legal do norte da América do Norte.

Ou seja: até os canadenses se entregaram às séries de TV e, sim, estão fazendo e bem, se a gente tomar Orphan Black como exemplo.

A história é uma ficção científica no presente. Se a ciência ainda não faz dessas coisas, é por detalhe. Mais um pouco e, é certo, chegaremos lá: ao mundo de seres humanos clonados por interesses científicos e comerciais. Enquanto isso, podemos ficar no sofazão vendo a gracinha da Tatiana Maslany em vários papéis, todos clonados: a pequena vigarista Sarah Manning, a policial suicida Beth Childs, a cientista bonitinha e do bem Cosima, além da estranhíssima monja assassina Helena e vários outros, porque, agora vemos, o mundo é dos clones.

Divertido é ver uma série na qual não sabemos quem é mais assustador: se a assassina programada ou a dona de casa de subúrbio. Descobrimos, surpresos, que os canadenses não apenas podem fazer séries de primeiro nível, mas que, ora vejam, eles sabem fazer humor. Eu, por exemplo, nunca teria imaginado.

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