O levantador titular da Seleção Brasileira de vôlei, Marcelo Elgarten, o Marcelinho, voltará a jogar em Santa Catarina na próxima temporada. Aos 33 anos de idade, Marcelinho acertou contrato de dois anos com a Tigre/Unisul. Na temporada 2003/2004, o jogador defendeu a Unisul, na época sediada em Florianópolis.

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Agora, ele vai reforçar o time do técnico Giovane Gávio, com quem jogou junto em São Paulo e na Seleção Brasileira. Confira a entrevista dada por Marcelinho, nesta quarta, por telefone, direto do Rio de Janeiro.

Diário Catarinense – Quando você fechou o acordo com a Tigre/Unisul?

Marcelinho – A data eu não sei te precisar. Eu já estava conversando com o Giovane (Gávio, técnico da Tigre/Unisul) há uns 15, 20 dias.

DC – Foi antes da decisão do campeonato grego?

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Marcelinho – Antes, porque eu tinha mais um ano de contrato na Grécia (com o Panathinaikos) e aí para eu fechar realmente eu tinha que me desvincular do time.

DC – Como foi o teu acordo com o Panathinaikos?

Marcelinho – Eu tive que conversar com o presidente lá, porque eu não tenho empresário, procurador, eu não tenho nada disse. Então, conversei diretamente com ele numa boa. A gente tem um ótimo relacionamento.

DC – O que pesou na sua decisão de voltar para o Brasil?

Marcelinho – Primeiro foi o Giovane, porque ele é um grande amigo meu. É um profissional muito sério e da minha total confiança. E segundo o projeto que ele me apresentou. É um projeto grande, para o futuro, com patrocinadores sérios e uma cidade que me interessava muito para ir com minha família.

DC – Você já conhecia Joinville, então?

Marcelinho – É, eu já fui aí com a Seleção Brasileira jogar. Eu já morei em Santa Catarina (Florianópolis) também. Então, eu tenho certeza que vai ser tudo maravilhoso aí em Joinville.

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DC – Você tem uma grande amizade com o Giovane. Desde de quando?

Marcelinho – Nos conhecemos em 1996, quando a gente jogou junto em São Paulo, no Suzano, e o time foi campeão. De lá, jogamos juntos na Seleção Brasileira por vários anos e essa amizade foi se consolidando.

DC – O que você tem de informação sobre o vôlei no Brasil e os times que disputam a Superliga?

Marcelinho – Tem atletas que eu não conheço no vôlei brasileiro hoje em dia. Eu sei que a Superliga está crescendo, com ginásios lotados. Está tendo uma renovação muito grande no voleibol brasileiro, com muitos jogadores na Europa. Acho que a Superliga está muito forte, muito equilibrada e tem tudo para ser uma grande competição.

DC – Quando você pretende mudar para Joinville?

Marcelinho – Isso aí é só após a Seleção, a Olimpíada.

DC – Vem sozinho ou com a família?

Marcelinho – Com a família. Mas minha esposa está grávida. Ela vai ter o neném no Rio de Janeiro e passado um tempinho, vai todo mundo para Joinville.

DC – Sobre a Olimpíada de Pequim, qual é o grande rival do Brasil?

Marcelinho – Não tem um só, são vários. Tem a Sérvia, a Bulgária, a Rússia, a Polônia, os Estados Unidos e a Itália. Acho que esses são os grandes favoritos e lógico, o Brasil.

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DC – A Seleção deve passar por uma renovação após a Olimpíada. Os Jogos de Pequim serão a tua despedida da Seleção?

Marcelinho – É eu acredito que sim. É o caminho. Mas não tem nada definido ainda.

DC – Você vai indicar jogadores para ajudar o Giovane?

Marcelinho – Claro, sem dúvida. Eu estou a disposição para ajudar o Giovane em qualquer seguimento para que esse projeto, que essa equipe seja um sucesso, seja um grande time, seja um exemplo para o voleibol brasileiro.

DC – O contrato ainda não está assinado. Qual será a duração?

Marcelinho – Não está assinado. Estou indo para Joinville para assinar e terá duração de dois anos.