Foi-se o tempo das modelos que apenas representavam uma marca. Agora é a vez das embaixadoras de grifes de luxo. Nos últimos anos, este termo se tornou comum no mundo da moda, como mostra reportagem publicada no site do “New York Times”. Os nomes que desempenham este papel incluem a modelo Inès de la Fressange, que representa Roger Vivier; a socialite e estrela de reality show Olivia Palermo, embaixadora da Mango; cinco it girls de Nova York selecionadas pela Chanel Beauty para serem as “Fiéis” em 2009: Jen Brill, Poppy Delevigne, Leigh Lezark, Caroline Sieber e Vanessa Traina; e, pela Barneys, Simon Doonan, que agora é embaixador criativo da marca.

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Com estilos diferenciados e admirados por fashionistas, os embaixadores promovem as grifes e as colocam mais pertos dos clientes.

– A Dior disse que me contratou para fazer a ponte entre seus consumidores reais e as celebridades que aparecem em seus anúncios – diz Tinsley Mortimer, a socialite que em 2007 assinou com a marca um contratou que terminou no último ano.

O termo agora também se aplica a estrelas que aparecem nos anúncios, como a sucessora de Tinsley, Natalie Portman – que se afastou da Dior depois que John Galliano apareceu em um vídeo com discurso antissemita -, Blake Lively, embaixadora da bolsa Mademoiselle, da Chanel, e Emma Watson, que recentemente teve seu nome anunciado pela Lancômen.

A indústria da moda e da beleza podem ter lançado mão do termo de órgãos de caridades que usam celebridades como embaixadores. Natalie Portman também é embaixadora da organização de microfinanciamento Finca; e Reese Witherspoon, embaixadora da Avon, trabalha com a marca em suas iniciativas no terceiro setor.

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Danny Kaye foi o primeiro embaixador da Unicef em 1954 e, desde então, a organização tem recrutado nomes como Audrey Hepburn, Mia Farrow e Vanessa Redgrave. Os embaixadores de marcas datam de quase duas décadas: empresas de bebidas usaram durante muito tempo belos e bem informados bartenders com este título para divulgar seus produtos nas boates.

A função de embaixador costuma ser rentável. Hitha Prabhakar, um dos principais nomes do Stylefile Group, uma consultoria de varejo, disse que alguns embaixadores de grifes chegam a receber de US$ 200 mil a US$ 500 mil por ano, com produtos de graça e despesas de viagens.