Marca de influenciadores conhecidos como “rei e rainha” da creatina é investigada por adulteração

As empresas do casal Yuri Silveira de Abreu e Fabiula de Arruda Freire, conhecido como “rei e rainha” da creatina, estão sendo investigadas pela Polícia Civil de São Paulo. Há suspeitas de adulteração e irregularidades na produção de suplementos.

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Foram apreendidas 30 toneladas de creatina da marca Soldiers durante a operação, que pertence ao casal de influenciadores. Segundo informações da Folha de S. Paulo, locais usados para armazenar e manipular produtos pela Soldiers não possuíam licenças sanitárias.

Um dos locais, na zona leste de São Paulo, funcionava como depósito de móveis e era também utilizado para estocar alimentos, o que vai contra as normas sanitárias.

A empresa de Yuri e Fabiula tem mais de 120 mil seguidores no Instagram. O caso da Soldiers Nutrition traz discussões sobre fiscalização e padrões de qualidades no mercado de suplementos alimentares.

“Rei e rainha” da creatina

Yuri Silveira começou a empreender na área aos 21 anos, em 2014, a partir da prática de musculação. Ele cresceu ao lado da esposa, também influenciadora, e alavancou o que era uma revenda de suplementos em um negócio milionário.

A empresa obteve faturamento de R$ 150 milhões em 2023 e um crescimento de 900% em um ano, com projeção de atingir R$ 250 milhões em 2024.

A estratégia “Excellence for Less”, idealizada por Yuri, seria grande responsável pelo sucesso da marca, segundo o casal. O método combina qualidade e preços competitivos, fazendo a venda de forma direta ao consumidor final.

Yuri usa as redes sociais, onde tem mais de 100 mil seguidores, para compartilhar rotina, treinos e cliques ao lado de famosos como Neymar e Ronaldo Fenômeno. Ainda, divulga o modelo de negócios da marca, enquanto Fabiula está à frente do marketing, com publicações sobre produtos e promoções, além de mensagens religiosas.

O que diz a marca de creatina

A Soldiers disse em nota que a investigação tem como base outro inquérito, no qual a Justiça afirma que a empresa não figura como “investigada, declarante, vítima ou parte”.

“Sobre o procedimento investigatório em curso, até o momento não foi apontado nenhum indício de irregularidade por parte da Soldiers, tratando-se de uma investigação vaga sem objeto definido”, diz.

“Importante ressaltar que a representação policial informou possível prática de crimes ‘que possam causar danos à saúde pública’, porém, nenhum suplemento foi apreendido na fábrica da Soldiers. Vale salientar que todos os itens foram colocados à disposição das autoridades para serem periciados, o que, certamente, irá atestar a qualidade dos produtos fabricados pela empresa.”

A empresa disse ainda que os dois endereços interditados pela Vigilância Sanitária são de terceiros “sem participação societária ou ingerência da Soldiers”. “São prestadores de serviços eventuais que sempre acreditamos na idoneidade. Diante do ocorrido, estamos tomando todas as providências cabíveis”, sem detalhar quais seriam essas medidas.

A nota diz ainda que a fábrica da Soldiers foi “vistoriada recentemente pela Vigilância Sanitária e continua operando normalmente”.

*Com informações de Folha de S. Paulo e O Globo

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