Mesmo para um atleta de 23 anos, não é normal para um atacante participar durante 90 minutos em vários jogos. No caso de Elkeson, foram 16 partidas, sendo duas pela Sul-Americana. O resultado dessa maratona? Desgaste físico, constantes dores musculares e o perigo iminente de uma lesão.

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Na semana passada, Elkeson ficou fora de alguns treinamentos e consequentemente foi desfalque no jogo contra o Figueirense. A situação se repetiu nos últimos dias, quando o ele foi poupado dos treinos de ontem e de quarta-feira. Porém, não está vetado do duelo contra o Palmeiras, no domingo.

Nesta linha, o médico do Botafogo Victor Baitelli ressaltou que a situação atualmente não assusta, mas que deve ser analisada com bastante preocupação e atenção:

– Ele tem sentido algumas dores musculares, mas não acho que hoje seja algo realmente sério. Como tem sido muito exigido, uma hora passa do limite. Ele jogou muito e cada um tem a própria maneira de encarar isso. Fisicamente é diferente para todo mundo.

É de se imaginar que a sequência de jogos não seja o único problema de Elkeson. Segundo o fisiologista do clube Altamiro Bottino, a entrega do maranhense é uma das vertentes a se levar em consideração:

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– Não vejo apenas um fator nessa situação. Ele tem uma movimentação muito intensa em campo e isso é mais um fator importantíssimo.

A necessidade de ter o camisa 9 em campo, além da qualidade técnica, passou pela carência de atacantes que o Bota teve durante o ano. Sem um homem de ofício, Elkeson foi improvisado e se destacou, marcando nove gols no Brasileiro.

Atacante fez mais jogos em 2011

Elkeson chegou ao Botafogo em 2011 e já é uma das referências do time. Muito por isso, o técnico Oswaldo de Oliveira faz de tudo para contar com o talento do camisa 9 sempre que necessário. Assim, neste ano, o maranhense atuou 51 vezes, treze jogos a mais do que fez no ano passado com a camisa do Glorioso.

A grande diferença no número de partidas em que esteve em campo se dá por conta do Campeonato Carioca. Neste ano, como jogou a competição, entrou em campo 16 vezes na campanha do vice-campeonato.

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O fato curioso fica pelo número de participações no Brasileirão. Em 2011, foram 35 partidas, ou seja, ficou fora apenas de três rodadas. Com a regularidade e o bom futebol apresentado, foi convocado à Seleção Brasileira para a disputa do Superclássico das Américas naquele ano.

Momento técnico também é difícil

Se a questão física vem preocupando Elkeson, sua fase com a bola nos pés também não é das melhores. O camisa 9 marcou apenas um gol nos últimos oito jogos e já não é mais a referência na grande área, devido à chegada de Bruno Mendes, que atravessa grande momento.

Porém, apesar das dificuldades atuais, a pouca frequência de gols nem de longe lembra as 25 partidas sem marcar que o maranhense teve pelo Glorioso em 2011. No ano passado o jogador ainda atuava como meia. Já em 2012 ele se transformou em atacante.

Outro detalhe é que Elkeson não joga uma partida inteira pelo Botafogo há mais de um mês. A última foi em 30 de setembro, no 2 a 0 sofrido para o Bahia. Desde então, foram cinco jogos sem atuar 90 minutos.

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