O Seu Olhar, na contracapa do caderno, traz visões de leitores sobre Amsterdã, onde estive nas últimas férias. Mas não é da cidade que vou escrever, embora ela mereça páginas e páginas de texto e muitas fotos. Quero falar de um lugar próximo da capital holandesa e onde está um dos símbolos do país, as tulipas de Keukenhof.
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O “tem, mas acabou” do título é uma brincadeira. É que o parque está lá, mas as tulipas já não mais, então você precisa se organizar para o próximo ano (ou próximos anos) caso queira admirar um mar de flores do qual nunca esquecerá. Keukenhof, que só fica aberto durante oito semanas, na primavera do Hemisfério Norte, fechou em 16 de maio.
Não são apenas tulipas a formá-lo, apesar de haver ali 800 variedades delas. São também narcisos, jacintos e outras “bulbosas”. Todos os anos, 7 milhões de bulbos são cultivados em 32 hectares para construir esse espetáculo de cores.
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A história do parque – o nome significa “o jardim da cozinha” – nasceu no século 15 com a condessa Jacoba van Baviera, que mandou cultivar frutas e legumes na área para o seu castelo, tornando-se a base do atual Keukenhof. Da forma como se conhece hoje, abriu em 1950, após um grupo de exportadores de bulbos de flores fazer um plano para uma exposição permanente de seus produtos no lugar, que agora funciona como uma vitrine internacional do setor, com mais de cem empresas e 500 floricultores.
Duas dicas:
1) Não vá com horário limitado. O parque é gigante e você ficará frustrado de não percorrê-lo todo e com calma, além de ter de reservar tempo para almoço ou lanche. Há restaurantes e lanchonetes, mas imagine centenas de pessoas em filas e disputando mesas. A comida não é maravilhosa, mas mata a fome.
2) Preste atenção à previsão do tempo. Com chuva, o passeio fica limitado e menos colorido.
É daqueles programas em que você se sente um clássico turista, mas que não dá para deixar de fazer. O jeito é gastar o cartão da câmera ou o espaço no smartphone. Azar. É difícil guardar os detalhes desse espetáculo só na memória.
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