Blumenau, Joinville e Palhoça são as três regionais que mais receberão policiais da Academia da Polícia Civil neste semestre em Santa Catarina. A primeira formatura está marcada para a próxima terça-feira, quando 327 novos servidores, entre delegados, agentes, escrivães e psicólogos receberão a carteira funcional e a arma, ficando habilitados para o trabalho.
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O mapa da distribuição que o Diário Catarinense teve acesso revela o destino de 426 novos policiais civis no Estado. São 291 agentes, 84 escrivães, 28 psicólogos e 23 delegados.
As cotas são por diretorias: Grande Florianópolis, Litoral e Interior. Também há uma reserva para a Delegacia Geral, que poderá remanejar os policiais para a Capital ou interior, dependendo da necessidade do serviço. Essa decisão será do delegado-geral.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), além dos 327 policiais, outros 94 da segunda turma serão formados e nomeados em outubro.
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No total das turmas, a delegacia regional de Blumenau, no Vale do Itajaí, ganhará 26 policiais. Em segundo no ranking aparece a regional de Joinville, a maior cidade catarinense, que levará 25 policiais. A terceira é a regional de Palhoça, na Grande Florianópolis, para onde irão 24 policiais, sendo o maior número de delegados: 3.
Florianópolis, a cidade que teve 38 assassinatos registrados no primeiro semestre deste ano, o maior número em SC, receberá apenas 11 novos policiais e na relação não consta nenhum delegado. Os 27 novos psicólogos irão para delegacias de atendimento à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso.
– Eventualmente algum pequeno ajuste poderá se dar até segunda-feira – disse o delegado-geral adjunto, Valério Alves de Brito.
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Distribuição por demanda
Para fazer a distribuição, a cúpula da Polícia Civil afirma ter utilizado critérios técnicos como a demanda de procedimentos, efetivo policial e o percentual de produtividade.
A forma não é um consenso entre delegados experientes, principalmente na Capital. Em entrevista ao DC no dia 20 de junho, o delegado-geral Aldo Pinheiro D´Ávila declarou que seriaa justamente na Capital onde havia o maior problema e produtividade dos delegados em relação ao número de inquéritos relatados à Justiça.
Os 426 policiais darão fôlego a algumas delegacias, mas o histórico déficit de efetivo na instituição ainda está longe do ideal. Com a inclusão, a Polícia Civil ficará com 62% do quadro considerado ideal. Hoje, são cerca de 3,2 mil policiais. Conforme a SSP, deveriam ser 5.997.
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