Desde que assumiu o São Paulo para o seu primeiro (está no terceiro) mandato, em 2006, Juvenal Juvêncio ficou conhecido pela fama de pão-duro. Era difícil ver o presidente colocar a mão no bolso para contratar jogador. A tarefa da comissão técnica era observar reforços, convencê-los a vir para o Tricolor sem custos, a maioria em fim de contrato.

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Mas do ano passado para cá, Juvenal, como se diz na gíria, “tirou o escorpião do bolso”. Na temporada, dos 11 reforços, investiu pesado em cinco. Paulo Henrique Ganso entra na lista como o mais caro. O São Paulo vai gastar cerca de R$ 17 milhões pelo jogador, com a DIS bancando o restante para chegar aos R$ 23,8 milhões referentes à multa rescisória para quitar os 45% dos direitos econômicos que são do Peixe.

Como já tem tudo acertado com o Sampa, Ganso pode ser anunciado ainda nesta segunda-feira. Faltam pendências burocráticas, como assinatura de contrato, acerto financeiro e exames médicos para que aconteça a definição. Até por isso, existe a possibilidade de ser sacramentado apenas terça-feira.

Somados Osvaldo, Cortez, Rafael Toloi, Jadson e Ganso, são cerca de R$ 45 milhões em contratações. Os outros cinco chegaram sem custos e o Tricolor pagou luvas e salários. A estratégia é diferente da adotada pela cúpula nas últimas temporadas. Ano passado, depois de passar 2009 e 2010 sem títulos, já houve alto investimento. Por Luis Fabiano, a maior contratação da história, com R$ 17,5 milhões por 100% dos direitos econômicos. Proporcionalmente, menos do que o valor de Paulo Henrique. Piris (saiu) e Cañete também demandaram engenharia financeira e o clube contou com ajuda de parceiros.

Mas não é só de gastos que vive o São Paulo. Desde 2011, a cota de televisão subiu (passou de cerca de R$ 36 milhões para R$ 75 milhões). Recentemente, com as vendas de Oscar (Chelsea) e Lucas (PSG), R$ 100 milhões nos cofres. De quebra, na semana passada, a Semp Toshiba foi anunciada como patrocinador master, com vínculo até 2014 e cerca de R$ 23 milhões por temporada. Com mais grana em caixa, maior poder de investimento para as compras.

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