A produção da Busscar está parada desde setembro de 2012, mas a empresa continua gerando despesas.

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O custo de manutenção predial e da segurança patrimonial das unidades do Distrito Industrial e de Pirabeiraba, em Joinville, e de Rio Negrinho custam R$ 300 mil por mês à Tecnofibras, única unidade do grupo em atividade e que opera com lucratividade, segundo o administrador judicial Rainoldo Uessler.

Uessler mostra o maquinário bem preservado e garante que os equipamentos não estão obsoletos e podem voltar a funcionar após manutenção.

Para voltar a operar, a Busscar aposta na venda da Tecnofibras, avaliada em R$ 73 milhões, segundo Uessler, e na venda da bens não necessários à produção, avaliados em R$ 119 milhões.

Uma das propostas da empresa para reduzir o passivo é transformar o crédito de R$ 304 milhões de dois tios que são sócios em ações.

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– Se o plano for aprovado, não tenho dúvidas de que o mercado virá para financiar a empresa, mas o mercado não apoiará enquanto a Busscar não acertar com os credores – diz o advogado da empresa, Euclides Ribeiro S. Júnior.

Para pagar os trabalhadores em 12 meses, os créditos acima de R$ 5,5 mil mais 4% serão transformados em ações preferenciais de 15% da empresa, conforme o plano que será apreciado pelos credores na assembleia.

Confira a situação da Busscar

Patrimônio:

R$ 489 milhões

Dívidas:

R$ 1,6 bilhão*

Produção:

Parada desde setembro de 2012.

Situação atual:

Plano de recuperação está pronto e assembleia geral dos credores será realizada no dia 19 de agosto, no Centreventos Cau Hansen.

Quanto precisa para voltar a operar:

No mínimo, R$ 105 milhões.

O empurrão para retomar as atividades:

Venda da fábrica Tecnofibras, que pertence ao grupo, cujo patrimônio é avaliado em R$ 73 milhões, e venda de bens não necessários à produção, avaliados em R$ 119 milhões.

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:: Professor da Univille analisa a crise da Busscar