A confirmação da notícia da manutenção do Centro de Atletismo Célio de Barros no Maracanã pode encerrar a parceria do governo com o Consórcio Maracanã S/A, que administra o estádio.

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O anúncio foi feito pelo governador Sérgio Cabral após reunião no Palácio Guanabara com o presidente da Federação de Atletismo do Rio de Janeiro, Carlos Alberto Lancetta. Na semana passada ele já tinha recuado na decisão de derrubar o Parque Aquático Júlio de Lamare. Com alto índice de rejeição e sofrendo com os protestos, Cabral tenta com estas atitudes virar o jogo:

– Continuo acreditando que a gente fez um modelo de PPP (Parceria Público-Privada) que era o ideal e deixaria o Maracanã mais confortável. Mas diante do pedido da Justiça e do IPHAN (Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) para não demolir, e de todos os apelos dos atletas optamos por manter o Célio de Barros – falou o governador depois da reunião.

Decisão que agradou a opinião pública, mas que foi recebida com surpresa por João Borba, presidente do consórcio:

– Agora vamos ter que refazer as contas e ver se o negócio é viável.

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A declaração deixou no ar a possibilidade de cancelamento do contrato, já que agora não haverá espaço para a construção de edifício-garagem e centro de entretenimento. Em 20 dias, o consórcio dará a resposta definitiva. A parceria, prevista para durar 35 anos, pode acabar depois de apenas 50 dias.