O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou hoje que a regulamentação mais rígida sobre os mercados de derivativos é “permanente”.
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– Nós teremos um controle maior sobre as operações de derivativos de agora em diante. Isso é parte de uma tendência mundial que começou com a crise financeira mundial de 2008 – afirmou.
Mantega acrescentou que a incidência de 1% do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre a diferença entre a posição vendida e a posição comprada no mercado futuro de câmbio pode aumentar “a qualquer hora, se necessário”.
– Se nós acharmos que 1% não é suficiente para conter as posições vendidas, nós vamos elevar a taxa. Nós resolvemos agir quando vimos que o dólar estava derretendo ante o real – explicou.
Ontem, o governo publicou uma medida provisória (MP) que autoriza a regulação do mercado de capitais e derivativos, em um esforço para conter a valorização do real ante o dólar. Embora o IOF tenha sido estabelecido inicialmente em 1%, a MP permite que as autoridades elevem o imposto para até 25% a qualquer momento.
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O real já ganhou mais de 20% ante o dólar nos últimos dois anos, sendo que só em 2011 a moeda brasileira já subiu 7%. Segundo Mantega, o real forte prejudica os exportadores e a indústria brasileira.