O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou hoje que a participação da União sobe de 40% para 48% após a capitalização da Petrobras, que movimentou até R$ 120,360 bilhões, conforme registrado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Essa fatia inclui além das ações diretas da União os papéis do BNDES e do Fundo Soberano Brasileiro (FSB). Segundo Mantega, os acionistas minoritários também tiveram ampla participação no processo.

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A empresa passará, de acordo com o ministro, a deter um caixa “polpudo” de US$ 25 bilhões. Os recursos serão usados para viabilizar o plano de investimentos da companhia.

– A Petrobras fica agora habilitada a realizar com sucesso todo o seu plano de investimentos – afirmou Mantega, durante cerimônia na, em São Paulo, que marca a oferta pública de ações da Petrobras.

Arrancando risos da plateia que acompanhou a cerimônia, Mantega ressaltou a importância do processo de capitalização da empresa:

– Permita-me dizer que nunca na história deste país e no mundo ocorreu uma operação desse porte – disse

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O ministro destacou que a Petrobras passa a ser a segunda maior empresa do setor de petróleo no mundo em valor de mercado, atrás apenas da Exxon, com US$ 220 bilhões.

Mantega também ressaltou que o Brasil está blindado contra a chamada doença holandesa, que comprometeu a economia daquele país na década de 70, quando houve uma concentração das atividades no comércio de gás natural. Segundo ele, o país tem o petróleo como bênção e não como uma maldição, porque soube diversificar suas atividades e está crescendo de maneira sustentável, com inflação controlada e novos investimentos.

O evento de abertura da oferta de ações da Petrobras ocorreu na abertura do pregão da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Também participaram o ministro de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli de Azevedo, o vice-presidente da República, José Alencar, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.