O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou hoje que foi um equívoco a informação de que o governo poderia aumentar as taxas de juros cobradas nas linhas de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômicos e Social (BNDES). Segundo ele, o que ocorrerá é um aumento nas taxas das linhas do Programa de Sustentação do Investimento (PSI) a partir de 1º de julho, de 4,5% para 5,5%, conforme já estava previsto.

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Mantega negou que as medidas de prorrogação de benefícios fiscais até o fim do ano anunciadas hoje para setores como o de caminhões, tratores, veículos comerciais leves e bens de capital afetarão o Orçamento e que, por isso, não exigirão esforços adicionais um dia após o governo anunciar o aumento de 7,72% aos aposentados que ganham acima de um salário mínimo.

O ministro afirmou que todos os benefícios anunciados para amenizar os efeitos da crise financeira para os bens de consumo já foram retirados, como o abatimento de impostos para a compra de automóveis, eletrodomésticos da chamada linha branca – como geladeiras e máquinas de lavar – e móveis. Segundo Mantega, só restaram os benefícios que favorecem o investimento, como caminhões, bens de capital e material de construção. O benefício fiscal ao material de construção vigora até o fim do ano.

Impostos para o aço

O ministro da Fazenda disse que o governo discutiu com o setor siderúrgico várias questões relacionadas ao aumento do preço do aço, como o custo e o impacto desse reajuste nos setores produtivos. No entanto, Mantega negou que a redução do imposto de importação para o aço esteja na pauta da Câmara de Comércio Exterior (Camex), que se reúne amanhã.

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