O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse na sexta-feira que o país deve crescer em torno de 4% ou de 5% em 2012. Para este ano, estimou um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) abaixo de 3,7%.

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– Talvez a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) seja um pouco pessimista para o ano que vem. Deveremos ter um crescimento em torno de 4%, mesmo com a crise internacional. E se a crise diminuir, poderemos chegar em 5%’, disse o ministro. O crescimento estimado pela Fiesp para o próximo ano é 2,6%.

Segundo ele, esse crescimento será puxado por vários setores, inclusive a indústria, que teve um desempenho “aquém do esperado em 2011”.

Durante palestra a um grupo de jovens jornalistas do Curso Intensivo de Jornalismo Econômico, promovido pelo jornal O Estado de S.Paulo, o ministro abordou assuntos como a crise mundial e o cenário econômico brasileiro, citou números de crescimento do PIB e do número de empregos, mobilidade social (citando o crescimento da classe média no país) e também os problemas que atingiram a indústria de manufaturados principalmente por causa da crise e do aumento das importações.

Mantega voltou a criticar a demora da Europa em tomar decisões na implementação de soluções para a crise mundial:

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– Existe uma demora na implementação das soluções que até existiriam, mas chegam sempre atrasadas. Quando a solução chega, a crise está num patamar mais avançado – disse, ao ressaltar que a lentidão na tomada de soluções faz com que a crise contamine outros países europeus e chegue inclusive aos Estados Unidos e aos países emergentes.

A crise, segundo ele, também gera desaceleração da economia mundial:

– A economia mundial vai crescer menos e há risco de recessão em países desenvolvidos.