A oferta de crédito no país melhorou muito neste mês, em relação a outubro, quando a crise financeira internacional tornou-se mais aguda.
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– Não está, ainda, no ponto satisfatório, mas eu diria que está operando cerca de 80% do que estava antes – afirmou nesta segunda-feira o ministro da Fazenda, Guido Mantega, ao fazer um balanço da reunião ministerial realizada na Granja do Torto.
Mantega disse que o país vai ter queda de demanda por conta do menor crédito, mas enfatizou que o governo como um todo está atento aos impactos setoriais da crise.
Razão porque o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) está colocando R$ 10 bilhões para capital de giro das empresas, e o Banco do Brasil está criando linha de crédito de R$ 5 bilhões também para capital de giro das pequenas e médias empresas.
O ministro da Fazenda afirmou que neste mês está havendo “uma reconstituição” do crédito, comparado a outubro, e acrescentou que o Banco Central vai divulgar números, nesta terça-feira, nesse sentido:
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– Vocês vão ver que o crédito cresceu e que alguns setores passaram a ter uma irrigação [de dinheiro] maior.
Isso não significa, contudo, que a oferta de crédito tenha voltado à normalidade, nos volumes da demanda do mercado, e salientou que os bancos de pequeno e médio portes não voltaram a operar com oferta de crédito, porque “não têm condições para isso no momento”.
Ao contrário, esses bancos venderam suas carteiras de crédito, e uma parte do comércio também está comprometida pela diminuição de crédito, e “vamos ter alguma queda de demanda por conta disso”, disse Mantega.
O ministro da Fazenda destacou que de acordo com projeção do Fundo Monetário Internacional (FMI) 2009 será um ano pior para todo mundo, em relação a 2008, porque os países vão crescer menos, inclusive com recessão nos Estados Unidos, Europa e Japão.
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Mas, seguindo orientação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Mantega afirmou que “o Brasil continuará sua trajetória de crescimento, com alguns arranhões, porém podemos continuar sem maiores dificuldades”.
Entenda a crise: