O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta quinta-feira acreditar que a adoção da alíquota de 2% de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre o capital estrangeiro para renda fixa e variável foi uma medida bem-sucedida e conseguiu estancar uma perspectiva de excessiva valorização do real ante o dólar no curto prazo.
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– Talvez a tendência do câmbio seja benigna nos próximos meses e não tenhamos aquela sobrevalorização que estava nos ameaçando algum tempo atrás. Estacamos aquele processo de excesso que estava sendo cometido. O IOF funcionou bem. Continuamos com o câmbio flutuante. Felizmente, está flutuando na direção boa, pois chegou a atingir hoje R$ 1,77, R$ 1,78 – disse.
O dólar comercial subiu 2,29% hoje e fechou a R$ 1,79. De acordo com o ministro, em algum momento os Estados Unidos vão subir os juros, que estão próximos de zero, e isso deverá levar a uma apreciação do dólar. O ministro ressaltou que, com a adoção do IOF, que colaborou para que o câmbio saísse de um patamar de R$ 1,70 para uma marca pouco superior a R$ 1,75, o governo conseguiu evitar prejuízos para o setor produtivo.
– Estamos na trilha adequada. Eu não trabalho com nenhum patamar de câmbio – comentou.
Mantega disse que apenas avalia se o câmbio está valorizado ou subvalorizado. Questionado pela Agência Estado se a atual cotação de R$ 1,79 seria uma sobrevalorização ou depreciação, o ministro sorriu e comentou:
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– Nós estamos no caminho certo.