O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou nesta segunda em São Paulo que as linhas de crédito destinadas à promoção da atividade agrícola e para ajudar as empresas afetadas pela crise começarão a operar dentro de duas semanas. Mantega declarou que um dos fundos, administrado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), “será estruturado” ainda nesta semana.

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O fundo favorecerá as empresas que não têm bens ou garantias para ter acesso aos créditos do mercado. O BNDES tem em seus cofres cerca de R$ 700 milhões em recursos. Segundo o ministro, entretanto, o fundo começará a operar com uma disponibilidade de R$ 1 bilhão após uma quantia adicional procedente do Governo.

– O fundo fiador, o fundo de aval, começará a funcionar com R$ 1 bilhão, mas já conta com R$ 700 milhões desembolsados. Ele já existe, mas vai ser dinamizado. Nós (o Governo) vamos pôr mais dinheiro – detalhou.

Mantega comentou que, se o fundo alcançar a cifra de R$ 2 bilhões, as empresas poderão ter acesso a outros R$ 16 bilhões em créditos existentes no mercado.

– O objetivo é cobrir a falta de capacidade de pagamento das empresas no mercado financeiro – ressaltou.

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Além do fundo do BNDES para as pequenas e médias empresas, o Banco do Brasil administrará um fundo com as mesmas características para atender as necessidades do setor rural. Segundo o ministro, o fundo do BB “começará com menos recursos, mas chegará depois a R$ 4 bilhões e com ele pretendemos dar acesso ao crédito com taxas menores. Com estas medidas, estamos ativando outros setores da economia”.