O Brics – grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – vai fazer um aporte adicional de recursos ao Fundo Monetário Internacional (FMI), anunciou nesta terça-feira o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Em reunião preparatória para o encontro do G20, que começa nesta quarta-feira no México, Mantega declarou que os países do grupo concordaram em aumentar as contribuições para o fundo, sob uma série de condições.
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Os países emergentes exigiram que os recursos adicionais só sejam usados para ajudar países em crise depois que o FMI tiver esgotado os fundos já disponíveis. Além disso, o aporte será feito apenas se as reformas que ampliam o poder do Brics no FMI forem concluídas. Anunciado em 2010, o acordo que altera as cotas dos países em desenvolvimento do fundo precisa ser ratificado pelos parlamentos de países europeus até outubro deste ano.
– Achamos que há um atraso dos europeus na concretização do acordo. Mesmo assim, estaremos fazendo aporte adicional na condição que sejam cumpridas as reformas de cotas o mais rápido possível – declarou Mantega em vídeo divulgado pelo blog mantido pelo Palácio do Planalto.
De acordo com o Planalto, Mantega também anunciou que o Brics criará um mecanismo de cooperação financeira. Os países do grupo acertaram a formação de um fundo comum de reservas internacionais e manifestaram intenção de assinar um acordo de swap (troca de moedas) entre si. O encontro entre os líderes do Brasil, da Rússia, Índia, China e África do Sul ocorreu hoje em Los Cabos antes da reunião do G20.
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