Uma operação que mira uma organização criminosa que atua no ramo da saúde no Paraná e é suspeita de desviar recursos do Sistema Único de Saúde (SUS) chegou à segunda fase nesta quinta-feira (4). Na ação, foram cumpridos mandados de busca e apreensão em Bombinhas e Curitiba. Seis mansões avaliados em R$ 15 milhões foram bloqueados.
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A operação foi deflagrada pela Polícia Federal e contou com apoio da Receita Federal. As investigações iniciaram a partir da Operação Fidúcia, em abril, quando foi descoberto que empresários estariam desviando dinheiro da saúde pública e estavam utilizando laranjas para ocultar o patrimônio ilícito, evitando bloqueios judiciais.
Com os indiciados à época, bens ocultados e novos participantes da organização foram identificados, resultando na primeira fase da Operação Moto Perpétuo. Na ação desta quinta-feira, o objetivo foi identificar o patrimônio oculto e rendimentos da organização criminosa, que é liderada por um casal de empresários que atua no setor da saúde na região de Curitiba.
O casal, inclusive, já havia sido alvo da investigação anterior, a qual desarticulou a organização criminosa que se utilizava da empresa privada com licença para atuar no setor público para fazer convênios e termos de parceria com a administração pública. Por meio de fraudes, segundo apontam as investigações, a organização desviou, se apropriou e lavou os recursos públicos ilicitamente.
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As ordens judiciais expedidas pela 9ª Vara Federal de Curitiba preveem o bloqueio de imóveis, a indisponibilidade de quotas sociais de empresas, a apreensão de valores e de veículos de alto valor. Os crimes investigados incluem lavagem de capitais, associação criminosa e organização criminosa.
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