Com dívidas acumuladas de R$ 80,3 milhões, de acordo com o edital de credores publicado no Diário da Justiça de 30 de abril, a Mannes, de Guaramirim, já definiu como dará a largada no plano de recuperação judicial.
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A empresa não prevê ações drásticas para sair da crise, como demissão de funcionários, redução da produção ou venda de bens. O plano foca na renegociação de prazos para quitar dívidas trabalhistas e com fornecedores, bancos e investidores.
Estas dívidas serão pagas em até 12 meses, a partir da data da homologação do plano. O restante será quitado em condições específicas, considerando o valor devido e o tipo do crédito. Nesses casos, a empresa propõe planos de amortização, com quitações entre 24 e 52 parcelas, sem juros.
Também serão adotadas outras estratégias, como o pagamento acelerado e o desconto de 5% aos fornecedores que concederem à Mannes um prazo mínimo de 60 dias para pagar a mercadoria, além do abatimento de 20% a 30% do saldo devedor quando a empresa cumprir as condições.
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No plano de recuperação, a fabricante atribui a crise ao “alto custo de operação e manutenção inerente à indústria”, incluindo as despesas fixas e ativas, que fizeram a Mannes experimentar resultados negativos.
A empresa afirma ainda que os prejuízos acumulados geraram o endividamento e consumiram parte significativa do capital próprio, impossibilitando o financiamento de capital de giro.
O diagnóstico foi elaborado pela empresa AALC Consultoria, de São José, em parceria com a Dulac Müller Advogados, de Porto Alegre.
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