Um grupo de manifestantes marchou neste domingo em Quito em apoio à jornalista franco-brasileira Manuela Picq, que enfrenta um processo de deportação depois de ser detida durante violentos protestos na quinta-feira contra o governo equatoriano.
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As autoridades do Equador cancelaram o visto de Picq, que colabora com veículos da imprensa internacional, como o canal Al Jazzera, depois de ela ter sido detida em uma manifestação com seu marido Carlos Pérez, dirigente de una organização indígena de oposição ao governo.
Carregando um cartaz com a mensagem “Te amo, Manuela”, Pérez caminhou com dezenas de manifestantes para a frente de um albergue onde estão os estrangeiros em processo de deportação.
Pérez, que também é advogado de Picq, disse à AFP que apresentará duas ações à justiça equatoriana para que ela possa recuperar a liberdade, recuperar o visto e não ser deportada para o Brasil.
De acordo com um comunicado do ministério do Interior do Equador, a jornalista “se encontra em permanência irregular no país”.
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“A certificação de movimentos migratórios indica (…) a entrada no país em 26 de fevereiro de 2012, com um visto 12 VIII (de intercâmbio cultural), e um prazo de 180 dias para sua permanência”, disso o governo, acrescentando que o visto “atualmente encontra-se revogado”.
Na sexta-feira, Picq disse à AFP que o governo cancelou o seu visto e que agora a acusa de estar em situação irregular no país.
A audiência sobre a deportação de Picq, de 38 anos, será na próxima segunda-feira.
* AFP