O movimento que se apoiou em redes sociais para se articular até ganhar as ruas de diversas capitais no país em protesto contra o aumento das passagens de ônibus e pela qualidade no transporte público busca também na internet um canal para divulgar o que consideraram excessos na ação policial em São Paulo.

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Além de usar seus perfis pessoais para compartilhar fotos e vídeos, manifestantes criaram páginas específicas para as denúncias. Sob o título “manifeste-se”, o tumblr oquenaosainatv.tumblr.com, por exemplo, oferece um endereço de e-mail e uma página no Facebook como canais para envio de materiais. “Não é porque não saiu na TV, que não aconteceu. O espaço reproduz na íntegra os depoimentos enviados, sem nenhuma edição”, diz o texto de apresentação.

Um dos relatos específico conta o caso de um fotógrafo atingido no olho por uma bala de borracha enquanto cobria a manifestação. O mesmo caso é apresentado no tumblr feridosnoprotestosp.tumblr.com, criado especialmente para denunciar agressões. Uma jovem posta fotos de ferimentos na perna, que teriam sido cusados pela polícia durante o protesto. “O pessoal já tinha se dispersado e estávamos em um grupo pequeno (umas 5 pessoas), andando pacificamente pela avenida quando o choque chegou. Alguém gritou alguma coisa e quando eu vi já estavam atirando”, conta.

Outro endereço, que usa a hashtag protestosp no topo, segue a mesma proposta dos anteriores. Há depoimentos de ameaças de policiais militares a cidadãos que filmavam ou fotografavam o protesto, inclusive jornalistas teriam sido reprimidos. Outros tantos relatam que armas foram apontadas aos manifestantes – desarmados – e que bombas de gás lacrimogênio foram lançadas de helicópteros em direção à rua.

O site reúne ainda fotos, das quais não se pode atestar a veracidade, mostrando bombas de gás lacrimogênio que teriam sido lançadas pela polícia e estariam fora do prazo de validade – o que representa perigo.

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