Um grupo de cerca de 150 pessoas faz na tarde deste sábado, 23, um protesto em frente ao Palácio do Jaburu, residência oficial do vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB).

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O movimento, intitulado “Escracho contra Temer”, tem o objetivo, segundo os organizadores, de denunciar o “golpe” que vem sendo articulado pelo vice-presidente e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), contra a democracia e a presidente Dilma Rousseff (PT).

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O protesto é realizado no mesmo dia em que Temer receberá o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles, cotado para assumir o Ministério da Fazenda em um eventual governo do peemedebista. A previsão é de que a reunião ocorra às 16h30 e conte também com a presença do presidente do PMDB, senador Romero Jucá, e do presidente do PSD, Gilberto Kassab, partido ao qual Meirelles é filiado.

Os manifestantes gritam palavras como “Michel Temer vai cair” e trazem cartazes com dizeres como “Temer golpista”, “Fora Temer” e “Traidor da Pátria”. O movimento, organizado pelo Levante Popular da Juventude, é o mesmo que tem realizado protestos contra outros políticos que votaram a favor do impeachment e que também havia se manifestado em frente a casa de Temer em São Paulo, no último dia 21.

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Roberto Policarpo, ex-deputado federal e presidente do PT do Distrito Federal, participou do protesto e fez um breve discurso aos manifestantes, no qual afirmou que o partido não vai reconhecer o governo de Temer caso o “golpe” não seja barrado no Senado. Segundo ele, se o impedimento de Dilma prosperar, o governo Temer será ilegítimo.

— O Temer não vai governar este País com um dia sequer de sossego. Se o Senado não barrar o golpe, nós vamos parar ele nas ruas — disse.

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O político acrescentou que a luta contra o “golpe” também vai continuar no Supremo Tribunal Federal (STF).

Um dos militantes disse que o grupo veio dar um recado a Temer, de que não aceita qualquer tipo de retrocesso no País.

— Nós não vamos aceitar nenhum retrocesso nos direitos dos trabalhadores — afirmou um dos líderes do movimento.

Adi Spezia, do Levante Popular da Juventude, acrescentou que eles decidiram realizar esse protesto hoje justamente porque Temer receberá visitas. Segundo ela, o movimento continuará protestando contra a postura do vice-presidente.

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