Na manhã desta segunda-feira (29), manifestantes protestaram em frente à escola municipal onde casos de estupro teriam acontecido na última semana em Cocal do Sul, na região Sul de Santa Catarina. Um professor foi preso em flagrante na sexta-feira (26) após denúncias de que ele teria abusado de duas alunas na biblioteca da instituição.
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Familiares e amigos de estudantes se reuniram com cartazes em frente ao colégio e demonstraram indignação com o caso. A situação ganhou repercussão quando quatro famílias buscaram a polícia para prestar queixas e um docente foi apontado como suspeito de estuprar alunas de oito e nove anos.
— A gente não espera ouvir isso, né? A gente leva os nossos filhos para escola pensando que é um local seguro. Que era um lugar para estar seguro e não esse tipo de coisa estar acontecendo — disse um dos manifestantes ao repórter Deivid Morona, da NSC TV.
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— A gente está aqui atrás de justiça. Minha filha estuda no período da manhã, ela e outra colega estão com medo de vir para o colégio. Tentei trazer, não consegui. Ela está lá em casa chorando e eu estou aqui, quero justiça — afirmou outro participante do protesto.
De acordo com a Polícia Militar, uma mãe relatou que, após chegar da escola, a filha contou que tinha sido estuprada pelo homem. Então, uma guarnição foi atrás do suspeito e o levou para a sede do plantão polícial em Criciúma na sexta-feira (26), à noite.
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Depois, outra mãe chegou à delegacia contando uma história semelhante. Em seguida, mais duas famílias foram até o local. Em um dos casos, a criança relatou que os abusos teriam ocorrido no ano passado. O outro caso foi descartado.
O professor passou por audiência de custódia no sábado (27) e continua preso preventivamente. Segundo o prefeito de Cocal do Sul, Fernando de Faveri, o servidor foi exonerado, e a diretora da escola foi afastada.
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Segundo a Secretaria Municipal de Educação, os professores da rede irão passar por um trabalho de capacitação para identificação de possíveis casos de estupro.
O delegado Gabriel Marcondes, responsável pelo caso, afirmou que está ouvindo novas testemunhas e que as vítimas de 8 e 9 anos estão recebendo atenção especializada. O inquérito policial do caso deve ser concluído até 5 de setembro.
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