O protesto da tarde deste domingo, em Joinville, começou a reunir manifestantes na Praça da Bandeira por volta das 15h, quando o número de pessoas concentradas ao redor da bandeira do Brasil chegou a quase dois mil, de acordo com a Polícia Militar.

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Pontualmente às 16h, horário agendado para o início oficial do ato, os manifestantes já passavam dos oito mil – ainda segundo a PM -, e a reprodução do Hino Nacional marcou o início do protesto que, organizado pelas redes sociais, pedia o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT).

A polarização política que tomou conta não só dos corredores de Brasília, mas de grande parte das redes sociais nos últimos meses, de fato ganhou as ruas no domingo. Com bandeiras distintas e discursos diferentes, a manifestação reuniu pessoas que pediam desde o afastamento de Dilma até o combate à inflação e ao preço de combustível e energia elétrica.

Convocado pelo Facebook, o protesto do Movimento Brasil Livre (MBL) foi às ruas de Joinville motivado, segundo a organização, pela insatisfação com a situação econômica, corrupção e problemas sociais.

No dia do protesto, o evento no Facebook já reunia mais de 10 mil pessoas entre os confirmados. A Polícia Militar, que sobrevoou o Centro com o helicóptero Águia, confirmou que às 17 horas de domingo, mais de 25 mil pessoas se reuniam no local, apesar de alguns manifestantes acreditarem que o número real fosse de pouco mais de 15 mil.

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Seguindo o planejamento original, os manifestantes não marcharam pelo centro da cidade, mas a concentração na Praça da Bandeira, maior do que a prevista pela organização, bloqueou as ruas Nove de Março, Rio Branco e Quinze de Novembro.

No centro da praça, um carro de som serviu de púlpito para os manifestantes, onde qualquer pessoa podia subir e se manifestar diante da concentração.

– No começo da tarde, parecia que a chuva ia afastar alguns manifestantes, mas isso surpreendeu as expectativas da organização. E o melhor de tudo é que ninguém precisou lutar para manter a ordem, tudo correu naturalmente, sem violência. Começos e terminamos nos horários previsto – disse Félix Adriano, que passou boa parte da manifestação em cima do carro de som, na equipe de organização.

No final da tarde, a equipe do MBL acordou com os manifestantes a criação de uma agenda de reivindicações, pautas e datas para uma série de próximos eventos. A ideia é de somar o extenso leque de reivindicações distintas dos grupos de manifestantes e criar um documento oficial.

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