Com faixas, cartazes e camisetas que estampavam dizeres contra a presidente Dilma Rousseff, os governos do PT e a corrupção, milhares de manifestantes voltaram a protestar na manhã deste domingo na Esplanada dos Ministérios, em Brasília.
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Segundo a Polícia Militar do Distrito Federal, cerca de 25 mil pessoas participaram do ato – os organizadores falaram em 40 mil. A concentração se iniciou por volta das 9h no Museu da República, na porção inicial da Esplanada. Após, os manifestantes caminharam até o gramado em frente ao Congresso. Por volta das 12h30min o protestou se dispersou. O roteiro foi o mesmo da manifestação realizada em 15 de março, contudo, desta vez a adesão foi menor. No ato anterior, a PM calculou 45 mil presentes, enquanto a organização apontou 80 mil.
Como ocorreu no mês passado, a maior parte dos manifestantes usou camisas da Seleção ou roupas em verde e amarelo. “Fora, Dilma”, “A Culpa é das Estrelas”, “Impeachment Já” e “PerdaTotal” estavam em adesivos e cartazes, que ainda pediam o fim da reeleição. O PMDB também foi alvo de críticas.
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– O Brasil precisa recuperar sua credibilidade. E isso passa pela saída de Dilma – afirmou o comerciário Paulo Santos.
Onde se realizam os protestos neste domingo
Em 15 de março, governo respondeu a protestos com compromissos
Quatro carros de som propagaram mensagens que cobravam punições severas aos corruptos e o afastamento do PT do Planalto. Lula e Dilma eram os alvos preferenciais. A multidão também cobrou a saída do ministro do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, ex-advogado petista. Outro pleito foi a prisão do tesoureiro do partido, João Vaccari Neto, réu na Operação Lava-Jato, que investiga desvios na Petrobras.
– Prende o Vaccari que ele conta tudo – gritava a aposentada Raquel da Silva.
Já um pequeno grupo, que carregava a bandeira do Império, distribuía panfletos de uma campanha pela instituição de uma monarquia parlamentarista no Brasil. Do alto de um dos carros do som, ornado com faixas favoráveis à intervenção militar, um grupo incentivava o retorno dos militares ao poder, o que provocou atritos com outros manifestantes.
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Quem são os articuladores nacionais dos protestos
Os defensores da intervenção militar receberam vaias em diferentes momentos do ato deste domingo. Vestido de bermuda e camiseta amarela, o deputado gaúcho Darcísio Perondi (PMDB) reforçou as vaias. Contrário a uma nova ditadura militar, o parlamentar acredita que a melhor solução para o país seja a interrupção do governo Dilma.
– Hoje não há elemento jurídico para o impeachment, mas se as manifestações continuarem haverá um julgamento político no Congresso. O ideal é a renúncia da Dilma para criação de um governo de salvação nacional – afirmou.
O novo protesto ocorreu em um momento de aprovação ruim de Dilma. Segundo a pesquisa Datafolha divulgada no sábado, apenas 13% dos entrevistados consideram o governo ótimo ou bom, mesmo percentual registrado em março. Na última semana, em uma tentativa de melhorar a relação do Planalto no Congresso, a presidente tirou o ministro Pepe Vargas (PT-RS) das Relações Institucionais e passou a articulação do governo para o vice Michel Temer (PMDB).
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