Um grupo de cerca de mil manifestantes que promoveu, na tarde desta sexta-feira, um protesto na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio de Janeiro, ultrapassou as grades de segurança da Cidade das Artes, complexo cultural municipal inaugurado no ano passado. Do lado de fora, a maioria dos ativistas gritou “sai, sai”, até que a polícia chegou e, sem violência, convenceu os invasores a sair.

Continua depois da publicidade

Os manifestantes, que haviam derrubado uma grade, começaram a cantar “se eu paguei, é meu”, e a PM está protegendo a abertura na cerca.

Mais tarde, um grupo de vândalos saqueou uma concessionária de automóveis no bairro Cidade de Deus, na zona oeste do Rio. A Polícia chegou um longo período depois dos atos e não conseguiu conter o vandalismo. O grupo, formado por dezenas de pessoas, estava com o rosto coberto com camisetas. A ação foi flagrada pelas câmeras da Globonews.

Outro ponto da cidade que também foi palco de ato público é o bairro de Campo Grande, na Zona Oeste. Cerca de 2 mil pessoas participaram da manifestação. Tudo transcorria de forma pacífica até as 19h, quando um pequeno grupo provocou tumulto, depredou orelhões, caixas de correio e invadiu uma loja de roupas, levando objetos, como bolsas. A maioria dos participantes vaia e grita palavras de ordem para não ter vandalismo.

Com receio de atos de vandalismo ou confronto com a polícia, comerciantes fecharam as portas. As agências bancárias colocaram tapumes para proteger as vidraças.

Continua depois da publicidade

Confrontos ferem mais de 40 e prédios e veículos são depredados

Na quinta-feira passada, pelo menos 40 pessoas foram feridas nos confrontos entre a Polícia Militar e manifestantes no Rio de Janeiro. Depois de um início pacífico, o movimento, que reuniu cerca de 300 mil pessoas, começou a ser bombardeado por bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha quando chegou em frente à prefeitura.

Foi registrada depredação em prédios como o dos Correios e o Terreirão do Samba. O prédio dos Correios teve tapumes arrancados, vidraças quebradas e a fachada pichada. O Terreirão do Samba, um local para shows, também foi parcialmente destruído e uma fogueira foi acendida com placas e pedaços de madeira.

Ainda na região central, uma cabine da PM e um veículo da equipe de reportagem do SBT foi queimado. Um outro veículo, da prefeitura, foi tombado e destruído por um grupo de manifestantes. Na Rua do Passeio, na Lapa, lojas foram saqueadas e a PM avançou lançando bombas de gás lacrimogêneo.