Moradores do trecho final da rua Monsenhor Gercino, extensão da Estrada Rio do Morro, que liga o Paranaguamirim a BR-280, fecharam a rua durante aproximadamente duas horas, na manhã desta terça-feira para protestar. Há 30 anos eles reivindicam a pavimentação da rua e como as fotos nos cartazes demonstram, as manifestações já se tornaram constantes. Isso porque há anos o poder público promete realizar as obras no trecho, mas até hoje o projeto não saiu do papel.

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– Em 1998, o Luiz Henrique da Silveira chegou a colocar uma placa anunciando a obra de drenagem e pavimentação, mas nada foi feito -, reclama Bárbara Ponejaleski, moradora da rua há 30 anos.

A última promessa do Departamento de Infraestrutura do Estado (Deinfra) era de que a via seria pavimentada no segundo semestre de 2010, mas novamente os prazos não foram cumpridos.

Em setembro do ano passado, após novas cobranças feitas pela comunidade, a Secretaria Estadual de Infraestrutura informou, por meio de ofício, que as obras de drenagem e pavimentação do trecho final da Monsenhor Gercino e da Estrada Rio do Morro, orçadas em R$ 14,3 milhões, com prazo de execução de 450 dias, estavam previstas para o orçamento deste ano. Mas, para indignação dos moradores, a assessoria de imprensa do Deinfra informou nesta terça-feira que, como o projeto foi licitado em 2010, os valores estão desatualizados e uma nova licitação deve ser realizada este ano. Por isso, ainda não há nenhuma previsão para o início das obras

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Enquanto esperam pela solução definitiva, os moradores convivem com a poeira, a lama e os buracos. Por isso, outro objetivo do protesto foi exigir que a secretaria regional do bairro realize as manutenções necessárias para manter a rua em melhores condições até que as obras de pavimentação sejam realizadas.

– Queremos que a secretaria mantenha a rua molhada durante a semana, e que nos fins de semana, as empresas da região (cujas frotas de caminhão passem pelo local) assumam essa tarefa, conforme prometeram em dezembro -, diz Bárbara.

– Queremos também que os motoristas destas empresas respeitem a velocidade -, complementa a moradora.

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– Além disso, queremos que a secretaria cuide da rua, que passe regularmente a patrola e o rolo para compactar o parro e amenizar o problema dos buracos -, acrescenta Natanael Jordão, morador da rua há 19 anos.

Segundo o coordenador da Secretaria Regional do Paranaguamirim, Sílvio Fagundes, a Prefeitura tem tomado medidas paliativas.

– A rua, que é linha de ônibus, é patrolada de duas a três vezes por semana, dependendo da necessidade -, afirma.

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– Além disso, uma empresa terceirizada, contratada pela Seinfra, providencia que um caminhão passe de duas a três vezes por dia, quando não chove (de segunda a sexta-feira), para molhar a rua -, complementa.