Em Chapecó o ato da Mobilização Nacional em Defesa da Educação reuniu estudantes, professores e funcionários da UFFS, institutos federais e escolas públicas estaduais e municipais, além de representantes de movimentos sindicais. A concentração foi na Praça Coronel Bertaso, onde houve a manifestação de algumas lideranças e posteriormente o ato encerrou com uma caminha pela avenida Getúlio Vargas.

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— Esse é um ato político contra o corte de recursos da educação e por isso mobilizamos toda a região, com ônibus de Xanxerê, Concórdia e Palmitos — disse o representante da direção do Sindicato dos Trabalhadores Em Educação de Santa Catarina, Evandro Accadrolli.

A estudante do quarto período do curso de Medicina Veterinária do Instituto Federal Catarinense de Concórdia, Maria Clara Claudino, carregou um cartaz com a seguinte frase: "Eu me armo de livros e me livro de armas".

Maria disse estar preocupada com o corte de verbas.

— Nós teremos que reduzir o número de animais para as aulas práticas e também a cobra de reagentes. Já estamos utilizando reagentes vencidos — disse a estudante.

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O presidente da União Municipal dos Estudantes Secundaristas de Chapecó (UMES), Matheus das Neves, também demonstrou preocupação com a redução de recursos para instituições federais de ensino.

– Isso prejudica os estudantes universitários e também secundaristas. Os cortes também atingem as pesquisas que são realizadas nas instituições federais. E também atinge o cidadão pois sem ciência não teremos uma nação soberana e que atenda as demandas da população- afirmou.

Na avaliação do presidente da UMES o Governo Federal caminha para uma privatização do ensino.

O presidente da Federação dos Trabalhadores Municipais de Santa Catarina, Lizeu Mazzioni, disse que o programa Future-se, lançado pelo Governo Federal, traz um risco para a autonomia das universidades.

– A gestão de recursos públicos vai sair da esfera pública, com pessoas concursadas, e passar para organizações sociais. Além disso o direcionamento das pesquisas vai buscar as que tenham lucro e não o interesse social – argumentou.

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