Após uma passeata pacífica que levou às ruas do Rio de Janeiro professores e apoiadores, em prol de melhorias na educação, policiais militares e manifestantes entraram em confronto na noite desta segunda-feira. Continua depois da publicidade
Grupos de manifestantes ligados ao Black Bloc picharam as paredes do lado de fora da Câmara Municipal do Rio, jogaram artefatos semelhantes aos usados nas festas juninas e tentaram atear fogo no prédio. As pichações fazem referência contra o governador do Rio, Sérgio Cabral, e frases como “Mais livro e menos bomba”. Algumas pessoas subiram na fachada do prédio com um cartaz pedindo a libertação da ativista do Greenpeace Ana Paula Maciel, indiciada por pirataria pela Rússia após protesto.
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Parte dos integrantes do Black Bloc estão com rostos cobertos. Uma lei proíbe o uso de máscaras ou cobrir os rostos em protestos no Rio. A manifestação, intitulada Um Milhão pela Educação, ocupa toda a área em frente à Câmara e à Biblioteca Nacional está ocupada.
A maior parte dos manifestantes é formada por grupos de professores municipais, estaduais e sindicalistas, que não se envolveram nos atos de pichação. Poucos policiais acompanham o protesto e evitaram se aproximar dos manifestantes na maior parte do tempo.
A estudante de pedagogia e direito Gabriela Guedes, participante do protesto, disse que apoia a causa e defende o reajuste dos salários dos docentes.
– Sem os professores, nós não temos nenhum tipo de profissional. É muito importante que as pessoas se conscientizem, a população, e os universitários estão também aqui na luta para apoiar essa causa, que é muito digna – afirmou. Continua depois da publicidade
Para ela, as manifestações dos últimos meses renderam bons frutos e são uma boa forma de reivindicar direitos, apesar da violência que algumas terminam. Na página do protesto nas redes sociais, mais de 82 mil pessoas haviam confirmado presença no ato.