Manifestantes do Passe Livre interromperam a reunião do Conselho da Cidade na noite desta quarta-feira. Às 19h15, cerca de 70 jovens invadiram o salão do Harmonia Lyra, onde os conselheiros discutiam o inquérito civil aberto pelo Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC), que investiga a periocidade das reuniões que debaterão a Lei de Ordenamento Territorial (LOT). Depois, seriam escolhidos os integrantes de cada uma das quatro câmaras setoriais do órgão consultivo que debate políticas urbanísticas para Joinville.
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Discursando em megafones, os manifestantes exigiram que o Conselho da Cidade passe a discutir políticas públicas para o transporte coletivo, fazendo a realização de 14 audiências públicas em bairros de Joinville. Além disso, os manifestantes pediram que os integrantes do órgão fizessem uma moção exigindo que o prefeito Udo Döhler (PMDB) faça imediatamente a licitação para a escolha das novas concessionárias do transporte coletivo. Outra reclamação, foi pela baixa participação de entidades sociais no conselho.
– É necessária uma mudança na estrutura deste conselho. Não permitiram a participação de entidades sociais no conselho e agora não discutem as políticas para o transporte coletivo. Isso precisa mudar – disse Maykon Duarte, um dos líderes do movimento.
Com a manifestação, vários conselheiros abandonaram a sessão, enquanto policiais militares chegavam para observar a situação. Sem quórum e com a confusão armada, o presidente Vladimir Constante encerrou a sessão. Na noite desta quarta, seriam escolhidos os integrantes das câmaras setoriais. Na quarta que vem, está previsto que chegue ao Conselho da Cidade a Lei de Ordenamento Territorial (LOT).
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– Vamos agendar uma nova discussão. Ainda não sei se a LOT poderá chegar quarta que vem. Vamos discutir – disse Vladimir Constante, presidente do Ippuj e do Conselho da Cidade.
Mesmo com a sessão encerrada, a confusão não terminou. Álvaro Cauduro, um dos conselheiros, reclamou que os manifestantes teriam quebrado a porta de entrada do local. Com isso, os PMs presentes ao local conversaram com os manifestantes e fizeram um termo circunstanciado com um deles.