Durante a confusão em frente ao Congresso Nacional, com o enfrentamento entre sindicalistas que protestam contra o projeto de terceirização e policiais que fazem a segurança do local, oito manifestantes, parlamentares e policiais ficaram feridos e quatro pessoas foram detidas na tarde desta terça-feira.

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Entre os feridos, dois foram levados para o Hospital Regional da Asa Norte (HRAN): Nelson Canesin, do Sindicato dos Bancários de São Paulo, que sofreu ferimento na testa, e Aurimar Cordeiro, do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios de Minas Gerais, levado com um corte na mão e outro na perna.

Dois policiais militares também foram feridos, um com um corte no rosto e outro atingido orelha, e receberam atendimento no departamento médico da Câmara. Além dos PMs, um visitante foi atingido por gás de pimenta, e outro manifestante com um corte no rosto. Ambos também foram atendidos no departamento médico da Câmara.

Deputado Vicentinho ficou ferido no conflito

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Foto: Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados

Os parlamentares feridos são o ex-líder do PT na Câmara deputado Vicentinho (SP), atingido por spray de pimenta ao tentar negociar com manifestantes, e o deputado Lincoln Portela (PR-MG), que também foi atingido por spray de pimenta e levou socos e pontapés de manifestantes.

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Os policiais fizeram um cordão de isolamento em frente ao espelho d’água do prédio do Congresso para impedir o acesso dos manifestantes. Carros que estavam estacionados próximos ao local da manifestação foram também depredados. Os manifestantes contabilizam dois feridos e um detido. Segundo Jobert Fernando de Paula, do Sindieletro de Minas Gerais, os dois feridos já estavam dentro do Congresso. Eles foram levados para a enfermaria da Câmara. Já o detido foi preso ao tentar invadir a Câmara.

Segundo a Polícia Militar (PM), os manifestantes iniciaram o confronto:

– Eles atiraram pedras grandes e paus nos policiais. O que houve foi a contenção dos meliantes e a utilização proporcional da força – informou o capitão Hélio Chagas, que comanda a operação.

Questionado sobre o fato de o deputado Vicentinho ser atingido por gás de pimenta, ele afirmou que foi o parlamentar quem se dispôs a ficar ao lado dos manifestantes contra a polícia. O policiamento na Esplanada dos Ministérios foi reforçado.

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* Estadão Conteúdo