Os manifestantes taiwaneses que protestam contra uma modificação dos programas escolares, considerados por eles uma releitura pró-chinesa da História, advertiram nesta sexta-feira que o suicídio de um ativista pode aumentar a tensão.
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A morte do jovem ativista Lin Kuan-hua tomou conotações políticas depois que a oposição se uniu para pedir ao partido do governo Kuomintang (KMT) que retire a reforma e que o ministro da Educação renuncie.
A aproximação do presidente Ma Ying-jeou de Pequim gerou inquietação em vários setores, que consideram que há uma crescente influência chinesa na ilha.
Centenas de pessoas se reuniram na sede do ministério da Educação em Taipei para pedir que a reforma curricular seja retirada e que o ministro, Wi Se-hwa, renuncie.
Após a resposta negativa, cerca de 200 pessoas ultrapassaram as cercas de segurança nesta sexta-feira, utilizando paus de bambu e organizaram barricadas.
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As primeiras manifestações começaram na véspera para se despedir do jovem de 20 anos que, segundo a polícia, se suicidou em sua casa na manhã de quinta-feira.
Lin era um dos 30 estudantes que junto a três jornalistas foi preso na semana passada por invadir o ministério para protestar pelo novo programa de estudo.
Taiwan tem um governo próprio independente da China continental após a guerra civil de 1949, mas Pequim ainda considera a ilha como parte de seu território.
Lin enfrentava acusações por entrar sem autorização nas instalações oficiais e por ter causado danos nas infraestruturas durante os protestos da semana passada.
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* AFP