Continuam no Presídio Estadual de Erechim, no norte do estado, os sete líderes da Via Campesina presos por cárcere privado na tarde de quarta-feira. Eles são acusados de liderar a invasão à agência do Banco do Brasil em Erechim e fazer reféns 30 pessoas, que estavam no local. Dos 54 manifestantes que estavam no setor de autoatendimento do banco, 39 foram detidos e levados à Delegacia de Polícia, entre eles uma adolescente de 17 anos.
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O delegado regional Olinto Gimenez identificou os envolvidos e os liberou, optando pelo indiciamento de sete manifestantes que foram considerados líderes da ação. Com a prisão homologada pela Justiça, foram levados à penitenciária. Os seis homens foram colocados em uma cela separada, mas a mulher, uma estudante de 24 anos, está na ala feminina com outras presas.
Advogado dos detidos, Alvenir de Almeida deve entrar ainda esta manhã com pedido de relaxamento de prisão. Conforme Almeida, a prisão foi “mais política do que jurídica” e não haveria motivo para manter presos os manifestantes. Todos os presos têm residência fixa e são pessoas sem antecedentes criminais.
Pessoas ligadas à Via Campesina e ao Movimento de Atingidos por Barragens estão reunidas nesta manhã decidindo novos atos a serem desencadeados no Estado. Conforme Plínio Simas, um ato de vigília e solidariedade aos manifestantes presos será feito durante o dia em Erechim, além de outros protestos para manter em discussão as reivindicações feitas pelos produtores. Os agricultores que foram atingidos pela seca querem anistia das dívidas contraídas para a safra.
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