Trabalhadores e forças sindicais de toda SC realizam na manhã desta segunda-feira uma passeata em Joinville para cobrar políticas em defesa dos trabalhadores, com intuito de ajudar a evitar novas mortes por acidente de trabalho.
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Somente nos três primeiros meses deste ano, 31 pessoas morreram em acidentes de trabalho em Joinville. É uma morte a cada três dias, em média, segundo estatísticas do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest) da cidade.
O grupo Movimento em Defesa da Vida, Saúde e Segurança dos Trabalhadores (Movida) concentrou-se na sede do Sindicato dos Comerciários de Joinville e percorreu ruas da cidade levando faixas e cartazes no dia que se comemora o Dia Internacional em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças de Trabalho.
Por volta das 10h50 o grupo seguiu até à Prefeitura, onde o prefeito Udo Döhler recebeu um documento com as reivindicações do Movida. Depois disso, seguiram para a Praça Nereu Ramos e a passeata foi encerrada.
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As reivindicações do movimento
1. Implementar em Santa Catarina o Plano Nacional do Trabalho Decente, juntamente com a constituição da Secretaria do Trabalho;
2. Fim do assédio moral e da discriminação no trabalho;
3. Defesa do Sistema Único de Saúde (SUS) 100% público;
4. Cobrar dos governantes a criação de mecanismos de fiscalização em segurança e saúde no trabalho em setores econômicos com riscos a vida e integridade física dos trabalhadores;
5. Implantar centros de reabilitação para trabalhadores com problemas de saúde ocasionados por LER/Dort;
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6. Estabelecer mesa tripartite de negociação estadual sobre o mundo do trabalho;
7. Implantar no Estado o Programa de Atenção Integral à Saúde da Mulher (Paism);
8. Estabelecer estratégias que assegure o desenvolvimento da Política Nacional de Segurança e Saúde do Trabalhador no âmbito da administração publica direta nas esferas municipal e estadual;
9. Estabelecer processo de diálogo e consulta para elaboração de mecanismos que assegure a vigilância em saúde a partir dos locais de trabalho promovendo a implantação de Comissões de Saúde Autônomas sobre o controle dos trabalhadores, em substituição às Cipas e SESMT, envolvendo os órgãos de representação de trabalhadores nas ações de fiscalização do trabalho.
10. Cumprimento na íntegra das políticas preconizadas pela Rede Nacional de Assistência Integral à Saúde do Trabalhador (Renast), fortalecendo os Centros de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerests).
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