Manifestantes atacaram o boneco inflável do mascote da Copa do Mundo de 2014 que está no Largo Glênio Peres, no centro de Porto Alegre, na noite de quinta-feira. Por volta das 23h20min, cerca de cem pessoas derrubaram as grades de proteção em torno do Tatu-Bola e colocaram no chão o símbolo do Mundial do Brasil.

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O grupo entrou em confronto com policiais militares do Pelotão de Operações Especiais (POE) do 9º Batalhão de Polícia Militar (Centro). Os PMs usaram cassetetes, bombas de efeito moral e balas de borracha para dissipar o protesto. Cerca de 20 viaturas da Brigada Militar e cerca de 80 PMs foram mobilizados para conter os manifestantes. Em 20 minutos, o protesto foi debelado.

Pelo menos seis pessoas foram presas por delitos como lesão corporal, danos ao patrimônio público e vandalismo. No tumulto, dois policiais ficaram feridos sem gravidade e foram levados ao Hospital de Pronto Socorro. Alguns manifestantes também ficaram feridos.

Apesar de ter se identificado, o repórter fotográfico Bruno Alencastro, de Zero Hora, foi agredido no ombro por um policial e e teve um filtro da câmera quebrado.

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Grupo integrava protesto em frente à prefeitura

Os manifestantes integravam um grupo que estava reunido na Praça Montevidéu, em frente à Prefeitura de Porto Alegre, para um ato público denominado “Defesa Pública da Alegria”. Organizado via rede social, o movimento crítica a privatização de locais públicos e o governo do prefeito José Fortunati.

– Eles estavam provocando os policiais na manifestação na Praça Montevidéu. A Brigada Militar ficou de fora, só observando. Eles arrancaram os gradis e começaram a derrubar o mascote. Foi uma atitude de afronta – afirmou o capitão da BM Euclides Neto, comandante da 1ª Companhia do 9º BPM.

Na confusão, o para-brisa de uma viatura da BM foi quebrado. O capitão relatou que alguns manifestantes apresentavam sinais de embriaguez. Pessoas que participaram do ato reclamaram da ação ostensiva da Brigada para reprimir o protesto.

– A ideia era só fazer uma ciranda ao redor do mascote – disse a jornalista Anelise De Carli, 22 anos, uma das manifestantes.

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