Os cerca de 300 manifestantes que ocupam a frente do prédio da Eletrosul em Florianópolis só devem sair do local no fim da tarde da próxima quinta-feira. A informação foi confirmada pela empresa na manhã desta quarta. No local, o clima seria pacífico e a saída dos manifestantes foi negociada durante o encontro.

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Na tarde de quarta, os manifestantes se reuniram com a diretoria da empresa e apresentaram uma pauta de reivindicações com nove itens. Entre eles está o reassentamento das cerca de 800 pessoas que devem ser atingidos pelas obras de uma usina hidrelétrica em Abdon Batista, no Meio-Oeste de SC.

Com a obra da usina, seriam atingidos os agricultores de cinco municípios às margens do Rio Caveiras: Cerro Negro, Campo Belo do Sul, São José do Cerrito, Vargem e Abdon Batista.

Esta é apenas parte da manifestação. Outro ato semelhante ocorre no canteiro de obras da usina de Garibaldi, em Abdon Batista, onde uma ordem judicial obriga a saída de aproximadamente 400 famílias.

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Em Florianópolis, nove ônibus estão estacionados no pátio da Eletrosul desde a manhã de terça-feira e permanecerão no local até a saída dos manifestantes.

Ação Global

As manifestações acontecem em diversas capitais brasileiras em uma ação global que marca o 14 de março, dia internacional de luta contra as barragens. Os integrantes do movimento protestam contra o atual modelo energético brasileiro, contra as tentativas de privatização da água e da energia, além de reivindicarem a garantia de direitos para as famílias atingidas por barragens e para os trabalhadores do setor elétrico.