Neste domingo, véspera das primeiras eleições desde a queda do regime de Hosni Mubarak, o Egito se prepara para novas manifestações que pedem a saída do poder dos militares e a formação de um governo de “salvação nacional”.
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A Coalizão da Juventude da Revolução, formada durante a revolta de janeiro e fevereiro, convocou em sua página do Facebook a participação em manifestações na emblemática praça Tahrir, no Cairo, e demais regiões do país.
Enquanto manifestantes continuam mobilizados pelo décimo dia consecutivo, o Conselho Supremo das Forças Armadas (CSFA), no comando do país desde que Mubarak abandonou o poder forçado por uma revolta popular, mantém negociações com personalidades políticas influentes em busca de uma solução para a crise.
Os protestos populares contra as forças armadas se intensificaram diante da aproximação das legislativas, que começam na segunda-feira e terão duração de quase quatro meses. Há, também, contramanifestações que pedem a volta da estabilidade e a reativação de uma economia estancada desde o início do ano.
“O que tememos é que estas divergências se transformem em divisões e depois em guerra entre grupos que há alguns meses formavam um só bloco que pedia a queda do regime”, adverte neste domingo o jornal governamental Al Ajbar.
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