As manifestações em defesa da presidente afastada Dilma Rousseff e contra o governo interino de Michel Temer, no chamado Dia Nacional de Mobilizações, ganharam as ruas do Centro de Florianópolis entre a tarde e a noite desta sexta-feira.
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A mobilização na Capital foi marcada por dois momentos: primeiro, grupos convocados pela Frente Brasil Popular, Frente Povo Sem Medo e pelo movimento Ocupa MinC-SC saíram em caminhada sem que houvesse qualquer impasse com a Polícia Militar.
Os manifestantes se concentraram durante a tarde na Praça Tancredo Neves e saíram em caminhada na região central. O ponto alto da passeata ocorreu em frente à sede da Previdência Social, onde líderes sindicalistas discursaram e militantes encenaram a queda de Michel Temer.
Depois, o grupo seguiu até a Assembleia Legislativa, onde foi lançado o livro “A Resistência ao Golpe de 2016“, que contou com a presença do deputado federal Wadih Damous (PT-RJ), um dos escritores da obra.
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—É uma iniciativa inédita. Reunimos artigos que tratam sobre o golpe. Eles esclarecem juridicamente todas essas questões que estão sendo colocadas, como a das pedaladas — anunciou o parlamentar.
Mais tarde, no entanto, o movimento Pink Bloc assumiu a ponta das manifestações e houve momentos de tensão com a PM. Isto porque o grupo seguiu em grande número pela avenida Mauro Ramos, que passou a ser monitorada e interditada por cerca de duas horas, e ainda pretendia avançar até a avenida Beira-Mar.
Os ânimos se exaltaram quando a polícia alertou que não permitiria o fechamento da Beira-Mar. Homens do choque e da cavalaria foram mobilizados enquanto policiais e manifestantes buscavam um acordo. Por votação em assembleia, membros do Pink Bloc decidiram recuar e voltar pela Mauro Ramos em direção ao Ticen. O reforço policial foi desmobilizado e não houve confronto.
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