Num dia chuvoso na capital paulista, a garota Lara Meinert deparou-se com uma cachorrinha em sua porta que, ao vê-la, jogou-se aos seus pés. Amor à primeira vista.
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Percebendo os machucados e as condições precárias daquela cadelinha de rua, Lara tratou os ferimentos e a adotou. Hoje, aos 19 anos, Lara é dona da Puca, de cinco anos de idade.
– Sempre procuro ajudar outros cachorros que não tiveram a sorte de Puca – conta a jovem, sócia de uma confecção de roupas para animais, durante a manifestação Crueldade Nunca Mais, realizada neste domingo de manhã em Joinville.
A manifestação reuniu cerca de 70 pessoas na avenida Beira-Rio, portando faixas e cartazes para chamar a atenção em relação aos casos de violência contra animais.
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O grupo luta pela aprovação do anteprojeto do novo Código Penal (PL 236/12), que aumenta para quatro anos a pena pelo crime de maus-tratos aos animais. O texto deve ir à votação no Senado esta semana.
Atualmente, a pena varia de três meses a um ano de detenção, muitas vezes transformada em penas alternativas, como pagamento de cestas básicas, explica a presidente da Frente de Ação dos Direitos dos Animais (Frada), Ana Rita Hermes.
O movimento teme que haja retrocessos no texto da lei.
O receio se deve à alegação de integrantes da comunidade jurídica de que há uma desproporcionalidade na aplicação das penas por estabelecer maior punição para crimes cometidos contra animais do que para omissão de socorro a crianças abandonadas.
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O movimento em favor da pena de quatro anos mobiliza 130 cidades no País. Ana Rita diz que há muitos casos de cachorros que são arrastados atrás de carro e até enforcados, entre muitos outros casos de abusos e que, segundo ela, não podem passar despercebidos pela sociedade.
Como denunciar maus-tratos
– Fazer boletim de ocorrência (BO) na Polícia Civil
– Com o BO em mãos, encaminhar o assunto à Fundema e ao Ministério Público
– Disque-denúncia 156