A Polícia Civil abriu um inquérito para investigar a presença de manifestantes em frente ao 63º Batalhão de Infantaria do Exército em Florianópolis. O inquérito foi aberto após denúncias de moradores da região ao Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) e busca também identificar os líderes dos atos que já duram duas semanas na região.
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De acordo com o delegado Márcio Fortkamp, da Delegacia do Continente, depoimentos devem ser coletados na próxima semana. Ele explica que vários moradores da região registraram reclamações junto a promotoria por conta dos atos que são realizados no batalhão. Também houve registro de boletim de ocorrência.
— Todos reportaram o transtorno provocado pela aglomeração, tanto no que se refere a mobilidade no local, na entrada e saída de imóveis, como também o ruído provocado pela multidão — pontua.
Grades são colocadas em frente a quartel de Florianópolis e lei do silêncio será exigida
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O delegado explica, ainda, que a investigação também terá como foco identificar a liderança desses movimentos. A expectativa é de que o inquérito seja finalizado o quanto antes.
Após a reclamação de moradores, a Prefeitura de Florianópolis e a Polícia Militar (PM-SC) instalaram na terça-feira (8) grades em frente ao batalhão para evitar que os manifestantes invadam o trânsito. Também foi decretada a lei do silêncio no local após as 22h. Na manhã desta sexta-feira (11), ainda havia um grupo de pessoas em frente ao local.
Além disso, na segunda-feira (7), o promotor Fernando Comin do MPSC enviou um ofício à Polícia Militar de Santa Catarina para que detalhasse as ações que estão sendo tomadas para desobstruir vias urbanas ocupadas pelos manifestantes.
As manifestações são contra o resultado das eleições de 30 de outubro, que acabaram com a vitória de Lula (PT) na disputa para presidência contra Jair Bolsonaro (PL). Além de Florianópolis, atos também foram registrados em frente aos batalhões do exército de Joinville, Chapecó e Blumenau.
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