O protesto de pessoas contrárias ao uso de animais em laboratórios realizados nesta sexta-feira, dia 25, na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) foi bem diferente do ocorrido semana passada no Instituto Royal, em São Paulo. A única marca foi uma pichação em uma parede próxima ao biotério com o texto “mais de 44 mil animais mortos em 2012”. O número não pode ser comprovado porque a UFSC informou que não tem o registro com a quantidade das espécies.

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A universidade revelou apenas que não trabalha com cachorros nas aulas nem nas pesquisa e usa apenas pombos, camundongos e ratos. Mas qualquer utilização era condenada pelos 110 manifestantes que se concentraram na concha acústica da UFSC a partir das 18h30min.

Depois de discursos que em que as pessoas afirmavam até preferir morrer a saber que um animal serviu de base para criação de um remédio, eles atravessaram o campus até a Rua Deputado Antônio Edu Viera. No caminho, ouviram estudantes que estavam no Centro Tecnológico perguntarem se não iam em uma churrascaria.

A provocação foi deixada de lado e boa parte dos ativistas reclamava dos diferentes métodos aplicados na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. A advogada Renata Fortes, que entre outras coisas é autora da ação que proibiu os passeios para observação de baleia-franca, afirmou que mesmo com meios alternativos o Ministério da Educação homologa os diplomas do curso sediado em Porto Alegre.

Os manifestantes também recolheram assinaturas para um abaixo assinado pedindo o final do uso de animais na UFSC. Enquanto estavam na rua, aproveitam o sinal fechado para exibir os cartazes. Em seguida, foram para o biotério da universidade com o propósito de permanecerem em silêncio e de cabeças baixas, uma atitude de luto. Neste momento, uma lata de spray apareceu e escreveu a frase; Os manifestantes decidiram sair porque os cachorros estavam latindo por causa da presença deles.

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Ao deixarem o local prometeram que a ação desta sexta-feira não será isolada. Querem aproveitar que o tema está em discussão para coletar mais assinaturas na quarta-feira da próxima semana. Também pensam em fazer um novo protesto.