Cerca de mil pessoas, segundo estimativa da Polícia Militar, percorreram ruas do Centro de Florianópolis para defender o governo Dilma Rousseff no fim da tarde desta quinta-feira. Por cerca de três horas, os manifestantes gritaram palavras de ordem contra um possível golpe, em resposta às manifestações do último domingo, que pediam o impeachment da presidente, em várias cidades do Brasil. O protesto, a exemplo de outras capitais, foi convocado por centrais sindicais e teve o apoio de entidades de classe e simpatizantes de partidos de esquerda.
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Carregando bandeiras da CUT e de partidos como PT, PC do B e PSOL, os manifestantes iniciaram a concentração no Largo da Alfândega por volta de 15h30min. Embora o ato estivesse previsto para começar às 16h, os discursos tiveram início apenas uma hora depois. Na maior parte do tempo, os líderes sindicais clamavam pela defesa da democracia e da legitimidade do resultado das eleições de 2014.
Apesar do tom favorável ao governo, também houve espaço para críticas. Em diversos momentos, os manifestantes demonstraram insatisfação com o ajuste fiscal promovido pelo governo federal e também com a redução de direitos trabalhistas.
Ruas fechadas
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Por volta das 17h40min, o grupo deixou o Largo da Alfândega para iniciar uma passeata que percorreu as ruas Trajano, Tenente Silveira e Álvaro de Carvalho. Na esquina dessas últimas, pararam em frente a unidades dos bancos Itaú e Santander para criticar a política monetária atual e os altos lucros dos bancos.
Por onde o grupo passava, a PM fechava o trânsito, reabrindo-o em seguida. A passeata chegou à Avenida Paulo Fontes, em frente ao Ticen, por volta das 18h30min, onde permaneceu por cerca de uma hora até que os manifestantes começassem a se dispersar sem que nenhum incidente tivesse sido registrado.